Giovanna Antonelli fala de sua paixão em fazer novela


À frente de uma personagem diferente de tudo o que fez até hoje na TV, Giovanna Antonelli comemora a oportunidade de encarar o desafio de dar vida à delegada Heloísa, de Salve Jorge. Em mais uma parceria com a autora Glória Perez, a mesma que a colocou para interpretar Jade, de O Clone, papel tido pela atriz como um divisor de águas na carreira, Giovanna é só agradecimento. 

Mãe de Pietro, fruto da relação com o ator Murilo Benício, e de Antônia e Sophia, por conta da união com o diretor Leonardo Nogueira, a atriz conta que consegue se dividir entre as tarefas domésticas e o trabalho. Aos 36 anos e com o corpo em forma, Giovanna entrega que faz exercícios para se manter bem e diz que, sempre que precisa, recorre a uma dieta especial para perder peso e ficar com as medidas no lugar. 

Com trabalhos marcantes na dramaturgia como Anita Garibaldi, em A Casa das Sete Mulheres; a vilã Bárbara, em Da Cor do pecado - que acabou de ser reprisada no Vale a Pena Ver de Novo, da Globo - e Dora, em Viver a Vida, a atriz afirma que o grande desejo daqui para frente é poder interpretar bons personagens, fazer um texto para teatro e continuar atuando em novelas, que é uma de suas paixões. 

Agência Estado — Mais uma vez você forma parceria com Glória Perez. Como é voltar a trabalhar com a autora após o sucesso com a personagem Jade, de O Clone? 
Giovanna — A Glória Perez foi muito importante na minha carreira para que eu chegasse até aqui. A novela O Clone mudou a minha vida. E esses reencontros são a parte deliciosa da vida. Eu já trabalho na TV Globo há 17 anos e, às vezes, a gente fica 10 anos sem encontrar com um ator que a gente tem o maior carinho. Com alguns eu tive o prazer de repetir a dobradinha. Com outros eu fiquei na saudade. O último encontro com a Glória (Perez) foi na minissérie Amazônia, um trabalho lindo. Amei viver aquele momento. Foi o único reencontro com Glória depois de O Clone.

AE — Você acredita que, com a sua personagem, Glória Perez pretende desmistificar o rótulo de que boa parte das delegadas são mulheres duras, masculinas e sem vaidade? 
Giovanna — Com certeza! Acho que a gente vai conseguir mostrar outra visão das delegadas. Embora esse seja um assunto já abordado, muita gente ainda as vê de forma equivocada. Elas são muito femininas, vaidosas, donas de casa, mães - e muitas vezes até mães solteiras. Enfim, mulheres como as mulheres são. Tem um lado mulherzinha, mas ao mesmo tempo tem também o lado de ser respeitada no meio de homens e de delegar funções para eles. Isso é uma conquista feminina muito bacana.

AE — Para viver Heloísa você teve que entrar no universo da delegada. Aprendeu a atirar? Ficou surpresa ao receber o convite de Glória Perez para viver uma personagem tão diferente do que você tem feito na TV?
Giovanna —Até agora não peguei em armas, até porque depois, quando ela vira delegada federal, não tem mais ação. É um trabalho mais interno. Se estiver prevista alguma ação, no dia anterior mesmo eu vou treinar. Quanto ao convite da Glória, eu adorei. É uma personagem bem diferente de tudo que eu já fiz. Como atriz, eu não queria compor a Heloísa a partir de uma mulher só, mas sim de várias. Coloquei todas em um liquidificador e encontrei com várias mulheres. Fomos tomar chope, comer pizza. Tenho amigas que são delegadas também. Fui a delegacias, passei um dia inteiro lá. Presenciei um monte de coisas e fui muito bem recebida, onde perguntei tudo que eu queria.

AE — Você diz que esteve visitando algumas delegacias. Algo que viu chegou a lhe assustar?
Giovanna — Apesar de eu estar em uma delegacia, que não é um lugar dos mais agradáveis, tive que passar um dia lá e fui muito bem recebida. Eu estava ali com um foco profissional, de aprender mesmo, ver como é a burocracia do negócio, como é a sala da delegada, o que faz o inspetor, o escrivão... Enfim, fui para colher dados para a personagem e nada me assustou. 

AE — O fato de você ser uma mulher conhecida não causou certo alvoroço no local por conta da sua visita?
Giovanna — Eu não sei... Eles foram tão queridos, todos! Explicaram tudo. Eu fui até as salas de reconhecimento, nas celas, e ficava perguntando tanta coisa que eu acho que não deu tempo para isso (risos). 

AE — Está cada vez maior o número de mulheres chefiando as delegacias ..
Giovanna — Nas delegacias que eu fui, convivi com mulheres normais, mães, mães solteiras, mães casadas, donas de casa, com as mesmas preocupações que nós mortais todos temos. Então, eu acho que trazer esse lado humano daquela mulher delegada que delega, que é respeitada pelos homens, é bacana. É difícil isso! Isso é por um preconceito? Como é chegar numa delegacia que só tem homem? Você tem que mandar em todo mundo. Acho que tudo depende da forma como você chega. E isso é uma coisa que todas falavam: você não pode chegar... Você tem que chegar chegando, tem que chegar se impondo. Mas, ao mesmo tempo, você respeita as pessoas que você trabalha também. 

AE — Em Salve Jorge, seu núcleo é bem variado e você trabalha com vários atores como Mariana Rios, Alexandre Nero, Thammy Gretchen, Marcello Airoldi e Cissa Guimarães. Como tem sido o clima das gravações?
Giovanna — Eu adoro a Mari (Mariana Rios). A gente está se divertindo nas cenas. Tem também o Nero (Alexandre Nero), o Airoldi (Marcello Airoldi) e a Thammy (Thammy Gretchen) que são meus parceiros de delegacia e o Nero o ex-marido. A gente tem se divertido muito em todos os núcleos.

Apesar do papel na novela, Giovanna não teve que aprender a atirar

AE — Além da novidade de entrar no mundo de uma delegada, você também passou a ter contato com o tráfico humano. Chegou a se assustar com essa realidade?
Giovanna —Não tem como não se comover. Vieram pessoas que eram mães e pais de filhos traficados. Alguns de filhos que foram recuperados e hoje estão bem, outros de filhos que morreram. Eles deram depoimentos emocionantes e, ao mesmo tempo, chocantes É uma realidade que ninguém imagina que exista. Parece uma realidade paralela mesmo. E essa novela vem com uma mensagem social muito bacana que pode ajudar várias pessoas a não caírem nessas mentiras, nesses contos de um sonho de viajar e trabalhar fora antes de averiguar o que realmente acontece. E todas as histórias me emocionaram bastante. Não tem jeito, histórias que envolvem seres humanos sempre tocam. Não dá para dormir feliz quando tem alguém passando por um problema, uma dificuldade. Seria muito egoísmo da minha parte.

AE — Algumas vezes você já foi clicada por paparazzi fazendo exercícios na areia da praia, caminhando na orla. Você gosta de fazer atividade física? Intensificou a malhação para viver a personagem Heloísa, em “Salve Jorge”?
Giovanna —Nunca tomei gosto (risos). Continuo por obrigação. Quando eu acabo dá aquela sensação de missão cumprida, de que consegui. Faço as minhas corridas na areia porque dá uma distraída boa, o tempo passa mais rápido. Musculação é para um bracinho, uma perninha, um bumbum. E ainda dei uma secada com uma dieta detox. Ainda coloquei cabelo e escureci um pouco a pele para ficar mais dourada.

AE — Você fala sobre a dieta detox. Qual é a base dessa dieta e que benefícios ela trouxe para o seu corpo?
Giovanna — A dieta de detox é uma desintoxicação. Tem uma proposta de limpeza do corpo. Fui acompanhada pela (nutricionista) Andréa Henrique. A base da que eu faço é de uma alimentação crua e com fibras. Tem muita linhaça e quinoa. É sem açúcar e sem sal, com baixo carboidrato, sem proteína, sem glúten e não tem lactose. Eu comia a cada três horas. É uma dieta saudável em que você não passa fome. Fiz um mês da dieta detox e na primeira semana perdi três quilos. Aprendi muita coisa com essa dieta e, de tempos em tempos, eu faço, principalmente quando me jogo muito na pizza (risos).

AE — Agora, como estão as suas refeições diárias?
Giovanna — Eu me alimento muito bem de segunda a sexta. E de sexta à noite até domingo, eu me libero. Quando quero comer uma pizza com as crianças em casa, tomar um vinho, ou um 'choppinho', ter uma vida normal, faço sem medo. Porém, de segunda a sexta, tento ficar mais natureba. Às vezes substituo o jantar por frutas com peito de peru e queijo minas. Tenho um sítio, então trago verduras e legumes de lá. Até agora acho que perdi uns cinco quilos, mas perdi mais as medidas. Eu queria secar para a personagem, entrar no ar diferente. Aquela coisa de trazer uma nova cara. 

AE — Quem foi o responsável pela mudança do cabelo? 
Giovanna —A ideia foi do Tom Reis. A Branca (di Lorenzo), tinturista, fez a cor. O Tom uma vez mostrou um visual assim, e apresentamos para a equipe e funcionou. Eu estou voltando ao ar depois de pouco tempo fora e, por isso, achei importante mudar geral, inclusive dar uma secada no corpo.

AE — Você é uma mulher bonita, um dos padrões de beleza da TV. Você segue a risca alguns cuidados para sempre se manter bem?
Giovanna — Quando estou no Rio eu me jogo no Espaço Heloísa Rocha e faço todas aquelas máquinas. No mais, eu uso vários cremes e hidratantes bons para o rosto, corpo, pés de galinha, enfim, para tudo. Prevenção é sempre com filtro solar.

AE — Por falar nesse mundo da beleza, você lançou sua própria coleção de esmaltes. Como é mergulhar nesse mundo da Giovanna Antonelli empresária?
Giovanna —A minha coleção Emoções, da Speciallità, está linda São nove esmaltes com cores lindas. A cor da minha personagem é Ímpeto (marrom). Passei uns três meses com 300 vidros de esmaltes em casa fazendo misturas. Misturava algumas cores para ver se descobria um novo tom interessante. Pintava no papel, no papelão, tirava foto e mandava. Isso porque é possível criar uma cor. Quanto ao meu lado de empresária, eu estou curtindo esse movimento. Sempre quis fazer esmaltes. Adoro pintar as unhas, fazer toda semana. 

AE — Com essa experiência do esmalte você aprendeu a fazer bem a unha?
Giovanna —Não sei. Sei dar uma 'lixadinha' básica, mas sou péssima para tirar cutícula, essas coisas. Dependo de manicure mesmo.

AE — Além da linha de esmaltes, você também está entrando no ramo de joias, certo?
Giovanna — Sim. Tenho a minha linha da Rommanel. Eu pegava referências, mandava para eles, e foi uma delícia. Eu já tinha feito uma campanha da Rommanel há dois anos e deu muito certo. Quando eu fui renovar o contrato, surgiu a proposta de fazer uma coleção minha com 27 peças inicialmente. 

AE — Você é mãe de Pietro e das gêmeas Antônia e Sophia. É difícil conciliar a maternidade com o trabalho?
Giovanna —Na verdade, eu já tinha o Pietro e sabia como fazer. Já havia um esquema montado para trabalhar com uma criança em casa. Agora só aumentou o número. Foi de um para três, mas a rotina continua a mesma. Hoje, toda mulher que é mãe também trabalha. Infelizmente, a gente não pode ficar em casa 24 horas com as crianças. Eu saio para trabalhar, deixo com a minha família e com a babá delas e fico monitorando.

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